sábado, dezembro 27, 2008

REDUNDÂNCIA TELEVISIVA

Em Setembro deste ano interessou-me um artigo na Courrier Internacional sobre um manifesto - “Autismo na TV”- proferido pelo italiano Edmondo Barselli. Este ensaísta defende que a televisão contemporânea “funciona num circuito autista que a prende numa réplica perpétua de si mesma”.

Subscrevo o manifesto e realço a crítica à forma como a televisão tem a capacidade de definir fronteiras do que existe e do que não existe. “O que existe é, naturalmente, apenas aquilo que passa na televisão”. A televisão reproduz incessantemente o que já existe. Transforma os seus protagonistas em atracções de feira, prontas a rechear capas de imprensa.

Esta questão é pertinente na esfera cultural - a sociedade molda-se particularmente segundo os ditames mediáticos. Desliguemos, pois, a TV.