Toda a arte é intencional. Há um
propósito por de trás da obra. Porque pintar? Gravar? Compor? Para
intensificar o ego? Para ganhar dinheiro? Ou pretendendo um lugar na
História da Arte?
Num texto impomos um conhecimento, uma informação e/ou uma opinião. Na tela, por exemplo, impomos o mesmo com outra linguagem. Mais, conseguimos transmitir todo um "eu" cognitivo. E isto interessa? Se isto tiver interesse, qualquer um, ao pintar na tela, consegue uma obra única na qual está incrustado o seu eu, a sua vida em camadas pictóricas. E daí? Há público-alvo? Tem valor comercial? Mas pode ser intimista por simples revelação sensorial. Pode almejar um produto intelectual, reflectivo.
A revolução total através da arte entrou em declínio. Actualmente o pensamento homogéneo nas sociedades industrializadas é quase indestrutível. O museu e o mecenas criam dependência a qualquer obra. O museu acaba por ser a casa sub-arrendada do artista.