Adoro
a sensação de encontrar um jogo que me agrade, antigo ou até mesmo atual que pouco foi falado ou criticado pela indústria. Adoro,
simplesmente. Sinto que são aqueles jogos que pretendiam ser mais,
diferentes, mas acabaram esquecidos pelo mundo.
Este
risco que as grandes empresas tomam é cada vez menor, mesmo havendo mais pessoas envolvidas na indústria e mais pequenas empresas a tentar
crescer. A década passada, a década dos zeros, viu nascer muitos
bons jogos mas o risco, contudo, foi diminuindo. Vemos muitas
sequelas, prequelas, eles e elas, todos iguais. O risco reduz-se,
sim, é verdade, mas... nós, jogadores, precisamos de originalidade.
Hoje
procuro também muito por jogos de outras gerações, jogos que
iniciaram tudo e até aqueles que pouco foram falados mas que são
verdadeiros marcos na história. Como o Earthbound, para a SNES, ou o
Phantasy Star IV, para a Mega Drive, como exemplos. O retro é hoje
moda, é lindo, sim, adoro. Porém, digamos, a coisa repete-se e a
originalidade mantém-se à deriva. É arriscado sair da caixa, pois
pode não resultar e todos acabam na rua, sem emprego. Não quero
isto.
Os designers independentes são agora o barco de salvamento. Não dão justificações a qualquer capitalismo, logo assim, alguns, nem todos :|, acabam por
nos dar as tais pérolas que brilham originalidade. Experimentem ser
comandantes em FTL, serem um novo - bem novo - Mário em Super Meat
Boy. Não precisam daquele grafismo hiper realista que brilha sem
sentido. O realismo gráfico dos jogos A A A (os grandes) é
ruidosamente real. Nem precisamos de imaginar onde estamos. Menos
gráficos = mais imaginação necessária. E é ai que quero estar –
imaginar mais do que me mostram. É como ler um livro. Mas isto é
outra conversa.