sexta-feira, fevereiro 08, 2013

DE VOLTA AO PASSADO

Adoro a sensação de encontrar um jogo que me agrade, antigo ou até mesmo atual que pouco foi falado ou criticado pela indústria. Adoro, simplesmente. Sinto que são aqueles jogos que pretendiam ser mais, diferentes, mas acabaram esquecidos pelo mundo.

Este risco que as grandes empresas tomam é cada vez menor, mesmo havendo mais pessoas envolvidas na indústria e mais pequenas empresas a tentar crescer. A década passada, a década dos zeros, viu nascer muitos bons jogos mas o risco, contudo, foi diminuindo. Vemos muitas sequelas, prequelas, eles e elas, todos iguais. O risco reduz-se, sim, é verdade, mas... nós, jogadores, precisamos de originalidade.

Hoje procuro também muito por jogos de outras gerações, jogos que iniciaram tudo e até aqueles que pouco foram falados mas que são verdadeiros marcos na história. Como o Earthbound, para a SNES, ou o Phantasy Star IV, para a Mega Drive, como exemplos. O retro é hoje moda, é lindo, sim, adoro. Porém, digamos, a coisa repete-se e a originalidade mantém-se à deriva. É arriscado sair da caixa, pois pode não resultar e todos acabam na rua, sem emprego. Não quero isto.

Os designers independentes são agora o barco de salvamento. Não dão justificações a qualquer capitalismo, logo assim, alguns, nem todos :|, acabam por nos dar as tais pérolas que brilham originalidade. Experimentem ser comandantes em FTL, serem um novo - bem novo - Mário em Super Meat Boy. Não precisam daquele grafismo hiper realista que brilha sem sentido. O realismo gráfico dos jogos A A A (os grandes) é ruidosamente real. Nem precisamos de imaginar onde estamos. Menos gráficos = mais imaginação necessária. E é ai que quero estar – imaginar mais do que me mostram. É como ler um livro. Mas isto é outra conversa.

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