
Bruno é um filme/documentário de um estilista que viaja pelo mundo à procura de sucesso. A base é simples, o sexo. Não é um filme para entreter (embora pareça) mas sim uma crítica mordaz, com um requinte mórbido à mistura. Temas como a moda, o mediatismo, e a futilidade são abordados sempre com sexo na amálgama. Todo o filme retrata também a geração youtube, a geração que tudo tem instantaneamente, que necessita de doses “vastas e instantâneas” de consumo.
Sendo estes excessos permitidos, o filme torna-se uma marca no cinema, um símbolo da mudança anunciada. Houve realmente filmes de outras épocas física e psicologicamente violentos, como o 120 Dias de Sodoma, de P. Pasolini, e Funny Games, um filme mais recente, entre outros. Contudo Bruno explora o publicamente inconcebivel, como exemplo, explora a pornografia e a homofobia como meras futilidades, onde na realidade são temas evitados e descriminados.
Bruno é um ícone do cinema em mudança, aliás, da sociedade em mudança e em alta velocidade. E a pornografia e o extremismo? São sintomas democráticos, da quebra dos tabus.
1 comentário:
Bruno, contrariamente ao que pode parecer numa primeira abordagem, é um filme que crítica veemente a sociedade (ainda conservadora) americana. Possivelmente, Bruno é a imagem de uma Europa já mais tolerante que acredita ainda numa América baseada no sonho americano - um país de oportunidades, de sucesso.
Relativamente à homossexualidade, à pornografia e ao sexo em si, presentes neste filme, são temas que cada vez mais ganham abertura na nossa sociedade, pelo que temos de aprender a simplesmente aceita-los.
Sasha Boren Cohen elabora aqui claramente um documentário, criando uma personagem, de certo modo, ingénua que se confronta com alguns dos grandes tabus da sociedade dita moderna.
Enviar um comentário