Por Paulo Duarte
Ontem a RTP deu oportunidade aos partidos minoritários de se expressarem e darem a conhecer as suas propostas políticas num debate, revelando, com isto, uma séria responsabilidade social e dando uso correcto ao seu título de serviço público.
No seu conteúdo, os representantes destes partidos falaram principalmente da segurança nacional, da justiça e sobretudo do nacionalismo e valores familiares. Supreendeu-me o facto de todos eles terem apresentado propostas concretas perante as problemáticas actuais que comentavam. A questão da emigração foi a que causou mais extremismo, nomeadamente por parte do PNR, sendo para este partido (e no geral para a extrema direita) a causa maior do mau estar e da insegurança nacional.
Em relação à Segurança Social, concretamente os subsídios, foi também um lugar comum muito debatido. Fiquei de acordo com a reformulação do subsídio de desemprego, de ser unicamente concedido em casos muito específicos e periodicamente. Muitas vezes o trabalho oferecido não é aceite por estes que vivem com subsídio mínimo.
Este debate público, dos partidos marginais, gera novos pensamentos sobre a problemática da hegemonia política e desenvolve mais sentido social nos portugueses. Talvez seja uma forma de renovação da classe política, que é uma emergente necessidade no ambiente social português.
1 comentário:
Estou de acordo de que estes pequenos partidos tenham um espaço no domínio público de modo a conseguirem divulgar as suas ideias, tal como ditam os principios da Democracia. Contudo, estes partidos, apresentam ideias extremistas ou, atrevo-me a dizer, pouco sensatas ou pouco democráticas.
Debatem temas importantes mas, na minha opinião, propõem resoluções ou chegam a conclusões um tanto ou quanto "disparatados" - quando o PPV (Portugal Pro Vida) se baseia em anular a lei do aborto (que em nada vem a propósito quer na fase que o país atravessa, quer na formação de um governo); ou quando o PNR afirma que é emergente sair da União Europeia ou exterminar os "malditos" emigrantes (esquecendo-se que os portugueses são também os "malditos" emigrantes em França, no Canadá). O problema da emigração tem de ser resolvido, mas não com um exterminio...
Não lhes tiro o crédito ou o mérito e acho que devem ter os mesmos direitos dos demais mas, apesar de todos os defeitos que possam atribuir ao PS ou PSD, estes acabam por ser partidos que demonstram os principios mais equilibrados para uma sociedade dita "saudável" e democratica.
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