
É de notar ter sido dado maior ênfase às personagens e suas crenças e menos relevância ao conteúdo psíquico e científico que move normalmente cada momento da acção. As personagens são perseguidas pelo seu passado. E é esse mesmo passado que alimenta a única profundidade da narrativa. Lutam entre a crença de Mulder pelo anormal (I want to believe) ou pelo que hipocritamente é negado ou desprezado pelos seus companheiros, e a crença de Scully na razão, o tal "positivismo", a crença pela qual a verdade pode ser encontrada ou explicada através da ciência.
O filme destina-se aos seguidores da série e não ambiciona criar novos. No entanto é de lamentar a ausência de certas respostas. Talvez o filme não exista para isso e que a resposta esteja ou sempre esteve na música icónica dos X-Files, que alimenta as pesquisas esguias e bizarras que abrilhantam a série.
O final não é incerto ou pouco revelador. O final é denunciador do futuro da série. A verdade acaba sempre por ser ocultada e talvez por isso eles, os crentes, saiam de vencidos.
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