Em Maio de 2002, o professor Kevin Warwick*, recorrendo a um “chip” instalado no sistema nervoso, ligou um cabo ao seu braço esquerdo e o grupo de investigadores que o acompanhava ajudou a estabelecer ligação absoluta na Internet: “a entrada online de um cérebro humano”. Assim, com os seus impulsos nervosos, Warwick controlou a mão de um robô ligado à Internet, no Reino-Unido. Abriu e fechou a mão. “Senti a força que a mão-robô fazia e essa foi uma sensação impressionante”. No mesmo ano o sistema nervoso de Warwick estabeleceu contacto com o sistema nervoso da esposa. Sentiram sensações básicas.
Warwick tornou-se assim o primeiro humano homem-máquina. Presentemente está a pensar em implantar um “chip” no cérebro em vez de no braço para entrar em comunicação telepática com a esposa.
A Square Enix, responsável pelo êxito de Final Fantasy, anunciou este ano na TGS, Tokio Games Show, o desenvolvimento de um jogo teste capaz de ser controlado pela mente. O dispositivo que permitirá, no futuro, jogar com a mente está a ser desenvolvido em conjunto com a NeuroSky, empresa que desenvolveu a tecnologia de detecção de ondas cerebrais.
O dispositivo MindSet é composto por dois auriculares e um pequeno eléctrodo localizado na testa do jogador que capta as ondas cerebrais. Funciona para uma variedade de plataformas de jogos.
Em síntese, para Warwick um dos aspectos das suas pesquisas é tentar perceber como se treina o cérebro a trocar informações mais complexas sem a linguagem convencional, oral e/ou gestual. Por conseguinte, se a tecnologia Mindset proliferar, a interacção com um videojogo mudará radicalmente; com isto, os Game Designers terão que mudar toda uma estrutura e inovar com novas formas de jogabilidade e, como referi, de interactividade, baseando-se, talvez, nas pesquisas cibernéticas do professor Kevin Warwick.
* Kevin Warwick é professor na University of Reading, Inglaterra.
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